1987 era o ano. A Capcom lançava um jogo para NES chamado Rockman, conhecido no ocidente como Mega Man. Sua trama é deveras simples, mas isso reflete no público alvo, que eram as crianças.
Em um ano não especificado, sendo tratado como 200X, o renomado desenvolvedor de robôs Dr. Wright (que mudou de nome para Dr Light em edições futuras) e seu seu assistente, Dr Willy, criaram Mega Man e mais 6 robôs que tinham como objetivo ajudar a parte industrial de Monsteropolis. O problema é que Willy traiu seu parceiro e reprogramou esses 6 robôs para concretizar seu objetivo de dominar o mundo. Wright então dá uma missão a Mega Man: derrotar os robôs e acabar com os planos malignos de Willy.
Agora, quando falamos de Mega Man X, a trama é bem mais densa. Lançado em entre 1993 e 1994 para SNES e PC, ele se passa em 21XX, em um mundo muito mais tecnológico. Dr Cain é um paleontólogo famoso e, durante uma exploração, ele encontra o antigo laboratório do Dr Light. Ao explorar o local, ele acha Mega Man X, ou só X, e percebe que o robô é capaz de tomar as próprias decisões. Após a descoberta, Cain começa a trabalhar com o projeto do falecido doutor, chamando suas criações de Reploids, e cria muitos deles, mesmo com o aviso de perigo gravado previamente por Light.
Acontece que os Reploids se rebelam e começam a atacar humanos, isso tudo por conta de um vírus criado pelo Dr Willy que modifica a configuração deles. Eles se denominam de Mavericks e alguns robôs, que não foram corrompidos, montaram os Maverick Hunters, ou seja, Caçadores de Mavericks. Sigma, um dos melhores deles, foi nomeado líder destes caçadores, e soube cuidar da situação, mas acabou sendo infectado pelo vírus, traiu seu grupo, virou um Maverick e declarou guerra contra os humanos e os Reploids. X então se junta então aos Maverick Hunters, que tinha Zero, como novo líder, para acabar com Sigma e seu grupo.
Díficuldade equilibrada e diferenças técnicas
Na parte de jogabilidade, o X também é mais avançado. Elementos como dash, pulos na parede, a capacidade de segurar os tiros estão nessa versão. As telas acompanham o personagem, diferente da estática do primeiro Mega Man. O visual é muito mais maduro e com mais detalhes. Podemos dizer que isso é por que o X saiu uma geração de consoles a frente do outro, mas, analisando outros games da franquia original, é mais uma questão de linguagem que propriamente da geração.
A dificuldade é meio padrão: ambos jogos são muito difíceis (mesmo que eu tenha sentido que o original é mais treta). O motivo para isso é bem simples: naquela época, os games não eram muito longos por diversas dificuldades técnicas. Para que a vida útil do jogo fosse maior e desse uma sensação de dinheiro bem gasto, eles deixavam o jogo muito difícil. Assim, não é nada injusto, mas te deixa frustrado. O bom é que, assim como como Cuphead, você percebe que o fracasso é sua culpa, já que tudo o que te mata está presente na tela.
Num geral, ele é um jogo bem rápido para se fechar. Speedrunners fecharam ambos em aproximadamente 35 minutos, ou seja, uma pessoa normal consegue zerá-los em duas horas, se já souber os esquemas do game.
Ambos são jogos clássicos e nostálgicos que alegraram e estressaram os fãs do robô azul. Mesmo abordando assuntos mais leves ou mais pesados, é interessante notar que preocupação da CAPCOM com seu público alvo era bem grande. Agora, vamos ver se ela mantém a franquia de pé após o Mega Man 11.Qual o seu jogo da franquia favorito? Prefere o X ou o Zero? Deixe aí nos comentários!
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