Lançado oficialmente na semana passada,
Street Fighter V: Arcade Edition não se trata de uma mera atualização de interface ou adição de personagens, mas sim o jogo de luta que os fãs da série mereciam que tivesse sido lançado em 2016. No lugar de uma experiência “vazia” em matéria de single player e com um online problemático, temos agora um game completo que é feito tanto para quem gosta de jogar sozinho quanto para quem busca algo mais competitivo.
As novidades (que chegam gratuitamente para quem já tem a versão original) são relevantes: a inclusão de um modo Arcade com 6 caminhos diferentes, uma nova opção de galerias de imagens, uma V-Trigger adicional para cada personagem, desafios extras com duração limitada e a possibilidade de se juntar a outras pessoas para participar de batalhas em grupo.
Para completar, a Capcom trouxe uma interface remodelada (e com efeitos mais atraentes) e já entrega logo de cara um modo online que se beneficia de dois anos de ajustes e testes constantes. O resultado é um título que, logo de cara, já é muito mais interessante de explorar do que o “esqueleto” lançado em 2016 — como bônus, quem entrar para a diversão agora já leva 12 personagens extras lançados nas Temporadas 1 e 2.
Mais opções de jogabilidade
Enquanto o sistema de luta de Street Fighter V permanece essencialmente o mesmo de seu lançamento (com os devidos ajustes de equilíbrio) na Arcade Edition, agora temos uma mudança que tem o potencial de trazer resultados interessantes. A inclusão de um V-Trigger adicional traz novas possibilidades de combos e contra-ataques.
Um dos exemplos disso é Ryu: enquanto o V-Trigger original aumentava o poder dos golpes do personagem, a nova opção dá a ele uma oportunidade de contra-ataque capaz de virar totalmente uma partida. Somando isso a novos ajustes que dão mais oportunidades de ataque ao personagem, parece que finalmente ele vai voltar a ser viável na cena competitiva — mas não se engane, o jogo continua tendo alguns desequilíbrios típicos aos games do gênero.
Em resumo, Street Fighter V continua sendo o mesmo game que aposta na fórmula “simples de aprender o básico, difícil de aplicar isso em um nível avançado” que está por aí desde 2016. Ou seja, se você já não gostou das decisões de design que a Capcom havia feito, não é essa atualização que vai mudar suas impressões.
Detalhes que fazem a diferença
Outra novidade introduzida à Arcade Edition que pode parecer pequena, mas que faz uma diferença brutal, é a galeria de imagens. Nela, você pode ver todas as artes conceituais, vídeos e finais que desbloqueou, e surpreende a grande quantidade de conteúdos criados pela desenvolvedora para a atualização.
Ok, uma imagem conceitual ou um desenho não são exatamente as maiores recompensas do mundo, mas é impressionante o quanto eles estimulam a completar as histórias do modo Arcade. Especialmente diante do fato de que as opções oferecidas anteriormente não eram muito “apetitosas”, a possibilidade de ver diferentes artistas interpretando o universo de Street Fighter é bastante positiva.
Com a Arcade Edition, Street Fighter V finalmente pode ser considerado um jogo de luta completo e capaz de agradar aos diferentes tipos de público que a Capcom quer atender. Seja você um novato à série ou alguém que deixou de lado a versão original, vale a pena conferir os conteúdos preparados pela empresa — são grandes as chances de que você goste do resultado.
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